domingo, 2 de dezembro de 2012

Promachoteuthis sulcus: um animal que parece saído dos seus piores pesadelos


Promachoteuthis sulcus, uma espécie de lula, com oito tentáculos ao redor de uma boca, além de dois “braços” (como toda lula), tem também duas fileiras de dentes parecidos com dentes humanos, parece ter saído de um pesadelo.

Mas são realmente dentes? Na verdade não; são espécies de “lábios” que protegem o “bico” que as lulas têm. Trata-se então de uma ilusão, não que isto ajude a aliviar o arrepio.

E por que uma lula teria estes lábios? Não se sabe.


Aliás, não se sabe quase nada sobre esta lula. Só sabemos da sua existência por causa de um único espécime, de 25 mm, que foi pescado perto do arquipélago Tristão da Cunha, no Atlântico Sul, a uma profundidade entre 1.750 e 2.000 metros. Não sabemos sequer se é um macho ou uma fêmea.

Alivia um pouco saber que o exemplar encontrado é minúsculo, mas qual o tamanho máximo que chega esta lula? Hum… pode ser uma boa oportunidade de projeto para quem pretende ser biólogo e conseguir uma verba para usar um batiscafo.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Porco Herói, salva cabra de afogar-se


Um porco que vive num jardim zoológico americano tornou-se um verdadeiro herói depois de ter sido filmado a salvar uma cabra bebé de se afogar num lago.

Num vídeo, colocado no Youtube, vê-se o cabrito atrapalhado, a tentar manter a cabeça fora de água, depois de uma das patas ter ficado presa nas rochas do fundo do lago.

Em seguida, vê-se o porco a entrar na água, e empurrar a cabra bebé e a conduzi-la para um local seguro. O vídeo já foi visto por mais de dois milhões de pessoas, segundo o jornal britânico.


Fonte: Telegraph

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Investigação Este animal pode ter o segredo para prolongar a vida humana

Este animal pode ter o segredo para prolongar a vida humana

Cientistas europeus estão a trabalhar para desvendar os genes dos ratos toupeiras. Sem pelos e com dentes compridos, o animal de aparência estranha pode ajudar a prolongar a vida humana.

Os investigadores da Universidade de Oxford estão a trabalhar para desvendar os genes dos ratos-toupeira. O animal de aparência exótica vive diferentes países africanos e utiliza os dentes compridos para conseguir escavar túneis.

Os animais são os únicos mamíferos de sangue frio do planeta e conhecidos pela sua resistência. Conseguem viver no deserto, comer plantas venenosas, sobreviver a um cancro e manter uma vida sexual ativa durante toda a sua longa existência.

Em entrevista ao jornal britânico The Sun, Jontahan Flint, um especialista em genética humana da Universidade de Oxford, explicou que atualmente, em média, o homem pode sobreviver até aos 90 anos. E accredita que estes ratos-toupeira possuem diversos segredos que podem contribuir para prolongar a vida humana.

Fonte: Visão

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Tardigrada: Animal microscópico é mais resistente que super-heróis


O primeiro ser vivo a visitar o espaço não foi um cosmonauta, e sim um cachorro. Laika, uma Husky Siberiana, partiu para orbitar a Terra a bordo do Sputnik II, nave soviética lançada em 1957. Apesar de ter falecido na aventura, a cadela mostrou que os seres vivos podiam, sim, aguentar os efeitos da microgravidade.

A pioneira Laika, no entanto, ficou protegida na cápsula espacial. Os cientistas sempre assumiram que seria impossível um animal sobreviver exposto diretamente ao espaço. Essa façanha seria obtida apenas 50 anos depois da aventura de Laika, por um bichinho do qual nem todo mundo ouviu falar: a Tardigrada.

Na última segunda-feira, a Nasa mandou uma colônia deste pequeno animalzinho para fora do planeta, afim de estudar como um organismo pode manter a vida sob tais condições adversas.


“O animal mais resistente do mundo”

Este invejável título informal foi atribuído a Tardigrada não por acaso: também chamado de “urso d’água”, o bicho semelhante a um artrópode, cujo tamanho varia entre 0,3 e 0,5 milímetros, é pródigo em se adaptar a ambientes desfavoráveis.

A Tradigrada suporta temperaturas superiores a 150° C e inferiores a 200° C negativos, pressão equivalente a 6.000 mil vezes a atmosfera terrestre ou o vácuo absoluto, e radiação até mil vezes superior do que um ser humano pode receber.

Na Terra, a Tardigrada habita qualquer ambiente úmido em diferentes graus, desde o fundo dos mares tropicais até a neve no topo das geladas cordilheiras, a mais de 5.000 metros de altura. Havendo umidade, o animalzinho se adapta com facilidade ao ambiente. Não havendo, tem a capacidade de praticamente desligar seus processos biológicos, num estado de semimorte, mas sobrevive.

E este dispositivo é acionado quando a Tardigrada é exposta ao espaço. O metabolismo cai a 0,01% da sua intensidade original e a taxa de água no corpo é diminuída em cem vezes. Para sobreviver, ela se desidrata quase completamente. Em 2007, uma colônia de Tardigradas foi exposta ao espaço por dez dias, e todas voltaram vivas para contar a história: um marco.


A nova missão

O sucesso da sobrevivência das Tardigradas em 2007, em missão coordenada pela Agência Espacial Europeia, empolgou os cientistas.

Desta vez, é a Nasa que vai levar os “ursos d’água” para um passeio a bordo da nave Endeavour, que voou pela última vez em 2011.

Em sete diferentes experimentos, os pesquisadores pretendem testar a adaptabilidade biológica das Tardigradas no espaço, e descobrir mais precisamente quais são os processos celulares e moleculares envolvidos nas mudanças que o animal sofre para não morrer.

Embora elas tenham passado apenas dez dias no espaço na missão de 2007, cientistas calculam que uma Tardigrada poderia sobreviver durante anos sob os rigores de temperatura, pressão e vácuo total que o espaço oferece. Seria vital, portanto, entender como isso é possível. 




segunda-feira, 30 de julho de 2012

Corynopoma riisei: Peixe macho finge ser comida para atrair fêmeas


Um pequeno peixe macho tem no corpo um pedaço parecido com comida que usa como chamariz para atrair as fêmeas. Os cientistas descobriram, agora, que a forma deste chamariz muda consoante o tipo de alimento disponível. Natureza a quanto obrigas! 

As fêmeas, atraídas pelo que pensam ser comida, mordem o pedúnculo e ficam expostas ao esperma do macho. O comportamento do macho da espécie Corynopoma riisei tem sido estudado pelos cientistas, que descobriram em laboratório que a forma do pedúnculo varia em função do tipo de alimentação das fêmeas.

Os investigadores criaram fêmeas alimentadas com formigas, às quais mostraram machos com ornamentos parecidos com formigas e outros com chamarizes parecidos besouros. As fêmeas preferiram sempre os machos com pedúnculos semelhantes a formigas, concluíram os cientistas.

"A principal descoberta consiste no facto de que as variações na alimentação da fêmea podem levar a mudanças no ornamento do macho, o que, por sua vez, pode levar à formação de novas espécies", afirmou Niclas Kolm, principal autor e biólogo evolutivo da Universidade de Uppsala, na Suécia. "É a primeira vez que tantas peças do quebra-cabeças foram reunidas."


Segundo o artigo publicado no Current Biology, o modo de comunicação destes peixes de água doce evolui de modo a reagir às condições do ambiente. O ornamento do macho muda para ficar parecido com o alimento mais frequentemente disponível, o que torna os machos com chamarizes parecidos com formigas mais propensos à reprodução.

Para que exista "variação" no tipo de chamariz usado pelos machos é preciso que a oferta de alimentos varie de acordo com a localização e seja uniforme ao longo do tempo. É também necessário que o contacto entre populações diferentes seja diminuto. Duas condições verificadas nos rios em que os Corynopoma riisei habitam, nas Ilhas Trindade.

"A principal descoberta consiste no facto de que as variações na alimentação da fêmea podem levar a mudanças no ornamento do macho, o que, por sua vez, pode levar à formação de novas espécies", afirmou Niclas Kolm, principal autor e biólogo evolutivo da Universidade de Uppsala, na Suécia. "Essa é a primeira vez que tantas peças do quebra-cabeças foram reunidas".

Fonte: Jornal de Noticias

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Fosséis com 47 milhões de anos: Tartarugas apanhadas em sexo pré-histórico


O par de tartarugas a copular: a  fêmea, maior (à esquerda) e o macho, menor (à direita)

Ella Fitzgerald enumera: pássaros, abelhas, até moscas amestradas. “Let’s do it, let’s fall in love”, sugeria a cantora, que agora podia acrescentar, nesta lista de animais que se apaixonam, as tartarugas extintas. Não que o sexo pré-histórico seja questionado, mas pela primeira vez descobriram-se fósseis de vertebrados que estavam, literalmente, a "fazê-lo" quando morreram.

É sempre um grande achado quando os paleontólogos encontram fósseis de dinossauros a lutar entre si ou a cuidar do ninho, ou de peixes que morreram engasgados quando se aventuraram a tentar comer presas grandes. “Uma razão para este tipo de fósseis ser tão raro é que normalmente os animais não morrem durante tarefas do dia-a-dia”, explica o artigo de Walter Joyce e colegas, publicado na revista Biology Letters. 

Este tipo de fósseis dá aos investigadores pequenos retratos do comportamento de espécies que se extinguiram há milhões de anos e cujo quotidiano é desconhecido ou permite, em grande parte, a especulação.

Já se tinham encontrado insectos preservados em âmbar, que copulavam quando foram engolidos por resina. Mas é a primeira vez que se encontra o mesmo tipo de situação em vertebrados. A equipa de Walter Joyce, da Universidade de Tubingen, na Alemanha, estudou nove casais da espécie de tartarugas extintas Allaeochelys crassesculpta, que foram encontrados nos sedimentos do local fossilífero de Messel, entre as cidades alemãs de Darmstadt e Frankfurt.

Há 47 milhões havia um lago neste local, que estaria numa região de emissão de gases vulcânicos, o que tornaria as águas mais profundas do lago sem vida. De vez em quando, e por motivos que não são unânimes, a fauna que vivia na região era afectada e morria em massa. O que explica a existência de tantos fósseis nas camadas da rocha sedimentar que fizeram de Messel Património da Humanidade pela UNESCO, e o local da Terra que melhor retrata o Eocénico, a época geológica entre os 55 e 37 milhões de anos.

A Allaeochelys crassesculpta era uma tartaruga aquática que não ultrapassava os 25 centímetros de comprimento. Os machos eram 17% mais pequenos do que as fêmeas. Por isso, os investigadores conseguiram identificar que cada par encontrado era uma fêmea e um macho.

Sete dos nove casais de fósseis das tartarugas estavam em contacto pela região da cauda. Em dois deles, o contacto era mais estreito, e a cauda do macho estava enfiada por baixo da carapaça da fêmea, uma indicação clara de que estavam a copular quando morreram.

Mas por que se deixaram morrer enquanto faziam amor? A Allaeochelys crassesculpta faz parte de um grupo de espécies que perdeu as escamas e passou a ter a pele nua para poder respirar na água. Ou seja, o oxigénio da água atravessava a pele e era incorporado no sangue. O resto explica-se pelo que se conhece das tartarugas aquáticas.

“Todas as tartarugas aquáticas acasalam na água. Quando o macho consegue montar a fêmea com sucesso, o casal fica muitas vezes estático naquela posição até se separar. Se o acasalamento se dá numa região de água profunda, é provável que o casal se afunde até profundidades consideráveis”, explica o artigo.

Estaria tudo bem neste “abraço” se, em regiões mais profundas, não houvesse algo que envenenasse as tartarugas. “A pele começou a absorver venenos enquanto se afundavam nas zonas mais profundas do lago, que se tornaram tóxicas devido ao aumento de gases vulcânicos ou devido à queda de matéria orgânica”, sugere o artigo. 

A história pode ter tido um final triste para estes casais. Mas, 47 milhões de anos depois, podemos dizer que as tartarugas extintas, e que chegaram até nós fossilizadas, também se apaixonaram.

Fonte: Jornal Publico

segunda-feira, 11 de junho de 2012

"Rosita": Vaca clonada produz leite semelhante ao humano



Uma vaca clonada por cientistas argentinos com genes bovinos e humanos começou a produzir leite semelhante ao humano com o fim de contribuir na luta contra a mortalidade infantil, anunciou, esta segunda-feira, a universidade que dirige os estudos.

Investigadores argentinos da Universidade Nacional de San Martín (UNSAM) e do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA) incorporaram na "Isa", uma vaca clonada no ano passado, genes humanos que "codificam as proteínas presentes no leite humano, de alta importância para a nutrição dos lactentes", precisa um comunicado do centro de estudos.

São as proteínas lactoferrina e lisozima, incluídas no ADN da vaca, também conhecida como "Rosita".

"Esta é uma maneira de contribuir para a luta contra a mortalidade infantil, já que uma proteína permite evitar doenças infeciosas do aparelho digestivo e a outra assimilar ferro, ou seja, evitar a anemia nas crianças recém-nascidas", explicou o reitor da UNSAM, Carlos Ruta.

A investigação "não procura substituir o vínculo mãe-filho durante o aleitamento, pois está destinada àqueles lactentes que, por várias razões, não têm acesso ao leite das suas mães", explicou o investigador Germán Kaiser, do Grupo de Biotecnologia da Reprodução do INTA.

Os cientistas conseguiram assim incluir nesta vaca "bitransgénica" os genes humanos no genoma bovino, o que permitiu que as duas proteínas estejam presentes na glândula mamária durante o aleitamento, indicou a universidade.

"Isa", nascida em abril de 2011 no INTA, foi apresentada em junho do ano passado pela presidente da Argentina, Cristina Kirchner, que assegurou que se converteria na "primeira vaca no mundo capaz de produzir leite maternizado".

A Argentina entrou no clube da clonagem destinada a criar vacas transgénicas com fins medicinais em agosto de 2002, quando nasceu "Pampa", fruto de uma clonagem realizada por especialistas do laboratório local Bio Sidus com o fim de obter leite bovino com a hormona de crescimento humano "hGH".

As descendentes de "Pampa", a primeira vitela clonada na América Latina, produzem leite de que se extrai essa hormona para produzir a menor custo os medicamentos para as crianças com deficiências de crescimento.

Nos últimos anos, cientistas argentinos clonaram cavalos e touros com o fim de obter exemplares de melhor rendimento.

Fonte: Jornal de Notícias

Tartarugas: Viveram juntas 115 anos mas já não se podem ver

Viveram juntas 115 anos mas já não se podem ver

Os tratadores do zoo de Klagenfurt, na Áustria, já tentarem de tudo, afrodisíacos, terapia de casal, mas Bibi e Poldi não conseguem resolver os seus problemas "conjugais".

Depois de 115 anos juntos, os dois exemplares de tartarugas gigantes de um zoo austríaco decidiram divorciar-se. Segundo o tabloide britânico Daily Mail, chega assim ao fim o casamento mais duradouro do mundo.

Bibi e Poldi chegaram a Klagenfurt há 36 anos, idos da Suíça. Mas os problemas entre os dois só agora parecem ter surgido. Os tratadores garantem que foi Bibi quem tomou a decisão de romper com o companheiro. "Tentámos de tudo (afrodisíacos, terapia de casal) para os ajudar a superar os problemas, mas já nem conseguem olhar um para o outro", explicou um dos tratadores ao Daily Mail.

Já Helga Happ, a diretora do zoo de Klagenfurt explica que é muito difícil dois animais com um tão longo tempo de convívio separarem-se. Mas Bibi e Poldi já não se suportam. E se dúvidas houvesse, basta ver a dentada que Bibi deu na carapaça do companheiro.

Fonte: DN.PT

terça-feira, 24 de abril de 2012

China: Ovelha transgénica com gordura "boa" para o coração

Peng Peng, a ovelha geneticamente modificada

Cientistas chineses anunciaram hoje a criação de uma ovelha geneticamente modificada que tem no corpo gordura polinsaturada que normalmente só se encontra em peixes e verduras.

Para conseguir este animal, os cientistas clonaram uma ovelha mas no processo incluiram um gene retirado de um verme, noticia a Reuters.

O gene do verme da espécie 'Caenorhabditis elegans' foi inserido numa célula da orelha de uma ovelha adulta que depois foi usada para fertilizar um óvulo, colocado no útero de outra ovelha, onde foi gerado.

Daqui nasceu Peng Peng, no dia 26 de março, pesando 5,74 kg, num laboratório da cidade de Urumqi, oeste da China. "Está a crescer bem e está saudável, como uma ovelha normal", garantiu à Reuters Du Yutao, líder da equipa de investigadores do Instituto de Genética de Pequim.

A ideia, dizem os cientistas é criar animais cuja carne, por incluir um tipo de gordura mais saudável, ajude a combater os problemas cardíacos. Resta saber se o processo de manipulação genética não inclui outros efeitos secundários.

Fonte: DN.PT

sábado, 21 de abril de 2012

Raça ameaçada: Porco Alentejano em risco


O Porco Alentejano corre o risco de se tornar numa raça "muito ameaçada" a "curto prazo", com muitos produtores a abandonar o sector e o efectivo reprodutor a diminuir devido à "forte quebra" da rentabilidade da actividade. 

"Corremos o risco de chegar a um limiar de menos de cinco mil porcas e passar para a classificação de raça muito ameaçada", disse à agência Lusa o secretário-geral da Associação Nacional dos Criadores do Porco Alentejano, Pedro Bento.

O efectivo reprodutor de Porco Alentejano, reconhecido pelas suas pele preta, cabeça comprida e orelhas pequenas e pelo sabor suculento da carne, era de 12 mil porcas em 2007, mas tem vindo "a cair a uma velocidade muito grande".

Actualmente, o efectivo está perto das seis mil porcas e, "se não se aplicarem as medidas necessárias", chegará "rapidamente" às cinco mil e poderá mesmo ficar abaixo desta barreira, tonando-se uma raça "muito ameaçada", disse.

"Estamos a chegar a um limiar que pode por em causa populações futuras e a diversidade genética" da raça, avisou, explicando que a queda do efectivo deve-se à "elevadíssima" taxa de abandono da actividade.

Muitos produtores têm desistido de produzir Porco Alentejano, devido "à forte quebra da rentabilidade da actividade nos últimos quatro anos", provocada por "condições do mercado, que tem sido muito penalizador", lamentou.

Em causa, além da "crise de consumo", está a venda de carne, "de menor qualidade, que dizem ser porco preto" e não é regulamentada, nem protegida, como sendo Porco Alentejano, o que prejudica a venda de carne da raça suína alentejana de Denominação de Origem Protegida (DOP), explicou.


"Porco Alentejano é a designação da raça, mas o termo popular associado é porco preto", por isso a procura de Porco Alentejano tornou-se uma "oportunidade" para empresas que vendem "produtos que dizem ser porco preto e indexados a novos nomes de peças de carne", como secretos, contou.

Vende-se "gato por lebre", frisou, denunciando que "o chamado porco preto que invadiu o mercado não é Porco Alentejano", que é produzido no Alentejo à base de uma alimentação natural e "teve um crescimento apreciável em vendas até 2007".

A carne que se vende como sendo porco preto é "maioritariamente" de porcos brancos cruzados com Porco Alentejano, fabricados em unidades industriais intensivas e alimentados com farinhas, e grande parte vem de Espanha e a preços mais baratos, disse.

O Porco Alentejano "é único no mundo", mas "o problema" é que "está a ser substituído por um produto altamente barato, de qualidade inferior, que dizem ser porco preto, mas nada tem a ver, e não dá hipóteses de o Porco Alentejano chegar ao mercado", sobretudo a restaurantes e grandes superfícies, disse.

O "problema não se limita à raça", porque "se nada for feito" também estão "em causa" a continuidade da produção extensiva de porco alentejano, a ocupação dos montados, as pequenas agro-indústrias, os produtos qualificados de Porco Alentejano e a economia das zonas rurais do interior centro e sul, alertou.

Para resolver o problema, além de "medidas internas que o sector já está a desenvolver", Pedro Bento defendeu uma norma nacional para regulamentar a comercialização e o uso da designação porco preto e ajudas directas ao sector.

Fonte: Correio da Manhã/Wild Zoo



quinta-feira, 5 de abril de 2012

Descoberto o maior animal com penas. Era um dinossauro!


A descoberta de três esqueletos fossilizados na China trouxeram uma revelação: o maior animal com penas que alguma vez existiu na história da Terra foi um dinossauro. Viveu há 125 milhões de anos. 

O corpo, de 1400 quilos e nove metros de comprimento, estava coberto de penugem. O estudo deste gigante com penas é publicado amanhã, quinta-feira, na revista Nature, pela equipa do chinês Xing Xu, do Instituto de Paleontologia de Vertebrados e Paleoantropologia de Pequim. 

Já se conhecem dinossauros com penas desde 1996, quando se encontrou na China o primeiro fóssil, o Sinosauropteryx prima, igualmente com 125 milhões de anos. Seguiu-se a descoberta de outros dinossauros, mas todos pequenos, e de aves primitivas suas contemporâneas, que provaram o que há muito tempo se suspeitava: as aves descendem dos dinossauros. 

Agora, os cientistas perceberam que os três esqueletos pertencem a nova espécie de dinossauro carnívoro gigante. Chamaram-lhe Yutyrannus huali, que significa, numa mistura de mandarim e latim, o “belo tirano emplumado”. 


Era um primo afastado do famoso T-rex, embora ambos façam parte do mesmo grupo de dinossauros bípedes que apreciavam carne. Só que enquanto o T-rex viveu nos Estados Unidos até ter desaparecido há 65 milhões de anos, o seu parente chinês foi uma forma mais primitiva, que surgiu antes. 

Mesmo que quisesse voar, o Yutyrannus huali não seria capaz. “As suas penas eram simples filamentos, e não plumas largas que podiam formar superfícies aerodinâmicas. Além disso, era demasiado pesado para voar”, explica ao PÚBLICO um dos cientistas da equipa, o canadiano Corwin Sullivan, também do Instituto de Paleontologia de Vertebrados e Paleoantropologia, frisando ainda que este dinossauro só se relaciona de forma muito distante com as aves.

terça-feira, 27 de março de 2012

Cientistas descobrem que Madeira teve um mocho que se extinguiu

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O estudo de 27 pequenos fósseis, recolhidos há cerca de 30 anos, permitiu descobrir uma nova espécie de mocho que viveu na na Madeira. A ave extinguiu-se depois da chegada dos humanos, segundo um estudo publicado na revista “Zootaxa”.

O mocho d’orelhas de Maul (Otus mauli) esteve 28 anos escondido no meio dos 50.000 espécimes do Museu de História Natural do Funchal. De 1984 a 1994, o investigador alemão Harald Pieper explorou zonas de dunas fósseis, muito antigas e consolidadas, na Ponta de São Lourenço (ilha da Madeira) e na Fonte da Areia e no Porto dos Frades (na ilha de Porto Santo). Recolheu 27 pequenos fósseis, quase completos, pertencentes a asas e patas de uma ave de rapina nocturna. Só em 2011 se descobriu a que espécie pertenciam. Um grupo de investigadores - liderado por Juan Carlos Rando, da Universidade de La Laguna, Tenerife, Canárias, estudou essa série de fósseis e concluiu que pertenciam a uma nova espécie, o mocho d'orelhas de Maul, que se tornou na primeira ave extinta a ser descrita na Madeira. Ainda assim, não foi a única, como o prova o pombo-torcaz-da-madeira (Columba palumbus maderensis), extinto nos anos 30 do século XX.

O mocho d’orelhas de Maul seria uma espécie endémica que evoluiu como população isolada, a mais de 600 quilómetros da Europa e da África e longe das rotas migratórias entre aqueles continentes. A ave teria sido morfologicamente muito semelhante ao actual mocho d’orelhas (Otus scops) continental. 

“Deve ter pesado um pouco mais que o actual mocho d’orelhas. É provável que pesasse 25% mais”, disse ao PÚBLICO Josep Antoni Alcover, do Instituto Mediterrâneo de Estudos Avançados e um dos autores do estudo. Os investigadores calculam que o seu peso oscilaria entre os 152 e os 174 gramas. Teria as patas um pouco mais compridas e esguias e as asas ligeiramente mais curtas do que o mocho d’orelhas actual. 

Já para os fósseis encontrados nos depósitos calcários de Porto Santo, em piores condições, os investigadores não têm tantas certezas de se tratar da mesma espécie.

Uma ave no chão da floresta

O Otus mauli, cujo nome escolhido é uma homenagem a Gunther Edmund Maul, director do Museu de História Natural do Funchal (1940-1981), teria sido uma ave de hábitos terrestres. “Os nossos resultados parecem indicar que o Otus mauli teria fracas capacidades de voo”, escrevem os autores do estudo. A ave, numa ilha sem predadores terrestres, viveria no chão da floresta laurissilva, cujo coberto arbóreo cerrado a protegia das aves de rapina predadoras, como a águia-de-asa-redonda ou o peneireiro-vulgar. Os investigadores acreditam também que se alimentava de invertebrados, em grande variedade naquela floresta, e ocasionalmente de lagartos e de pequenas aves.

Mas a história deste mocho não chegou aos nossos dias e hoje a única ave de rapina nocturna que nidifica no arquipélago é a coruja das torres. “É provável que tenha desaparecido depois da chegada dos seres humanos à Madeira”, disse Josep Antoni Alcover. Segundo o artigo publicado na Zootaxa, ocorreram, então, alterações profundas naquele arquipélago, como as queimadas da floresta e a introdução de ratos e gatos, que predaram os ovos e ninhos da ave. 

Ricardo Araújo, director do Museu de História Natural do Funchal, felicitou a descoberta. “Este trabalho é uma prova da importância das colecções de história natural”. Em breve “é natural que apareçam coisas novas”, tanto mais que “nas nossas colecções há espécimes recolhidos recentemente e que ainda não temos a certeza do que sejam”.

Fonte: Público

Descoberta: 'Rainha das vespas' tem seis centímetros de comprimento

Comparação entre a vespa 'normal' e a 'gigante'

Vespa gigante foi descoberta na Indónesia, mas os investigadores ainda não conseguiram examinar uma viva.

Já lhe chamam a rainha das vespas. Foi recolhida pela primeira vez há 80 anos, mas uma recente expedição à ilha de Sulawesi na Indonésia permitiu que se estudasse pela primeira vez esta espécie que é cinco vezes maior do que a vespa "normal": tem seis centímetros.

As suas enormes garras em forma de foice a saírem da boca são do mesmo tamanho que as suas patas. A investigação foi publicada na revista Zookeys. Os investigadores Lynn Kimsey e Michael Ohl ainda estão a examinar esta espécie, pois ainda não a conseguir estudar esta espécie de vespa viva.

Explicam que o macho é maior que a fêmea e que utilizam o veneno para paralisar as suas presas. Supõe-se que as suas enormes garras servem para prender a fêmea no acasalamento e provavelmente também para se defenderem.