segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Zoológicos simulam caçadas para satisfazer instintos predatórios de animais


Na vida selvagem, os leões e tigres são predadores que parecem adorar a experiência de perseguir e matar suas presas. Nos zoológicos, entretanto, a violência entre animais é normalmente proibida e nem há selvas ou savanas para encenar uma boa caça, de qualquer modo.

Isso é um dilema para os animais carnívoros que não podem se “divertir”. Agora, alguns tratadores de zoológico estão se esforçando para satisfazer as necessidades naturais deles, mesmo dentro das jaulas limitadas.

Carnes frias e prontas não são muito excitantes, mas seria impossível colocar antílopes vivos que não teriam lugar para correr e fugir de se tornar alimento aos predadores. Por isso, alguns zoológicos encontraram um meio termo, combinando uma nutrição cuidadosamente planejada com experiências de caça simulada.

Para manter a nutrição dos tigres em pé de igualdade com os encontrados em estado selvagem, o Zoológico Nacional de Smithsonian, nos EUA, alimenta os felinos com carcaças resistentes, uma vez por semana. É uma forma estimulante e saborosa de enriquecer os carnívoros.

Os grandes gatos comprovam isso, não deixando nem um pouco da carcaça ir para o lixo. Além de tudo, esse tipo de carne fornece nutrientes diferentes, como proteínas e gorduras, que são grande fonte de energia.

Leões não ficam de fora: eles também recebem carcaça, de coelhos e vacas, uma vez por semana. No resto dos dias, recebem uma dieta produzida industrialmente feita de carne, que complementa a nutrição e os mantêm saudáveis.

A variação de temperatura também muda o cardápio dos predadores. Nos EUA, em dias de intenso calor, tigres recebem picolés de sangue congelado (parece nojento, mas os tigres realmente se divertem e se refrescam com isso).

Embora uma dieta bem equilibrada com ossos, órgãos, carne e sangue possa satisfazer as necessidades nutricionais de leões e tigres, não é tão fácil manter sua saúde psicológica e seus instintos assassinos. Isso exige trabalho extra dos tratadores.

Em alguns zoológicos, por exemplo, alguns criadores dos animais não liberam a carcaça facilmente aos animais, tornando a hora do lanche mais animada. Outros zoológicos simulam caçadas, com bolas que os predadores perseguem, caçam e atacam como se fossem presas. Alguns até criam animais de papelão e de outros materiais que entusiasmam os animais.

Mas será que os leões perdem a realidade ao fazer essas brincadeiras? Em 2009, um veado acidentalmente pulou para a ala dos leões no Zoológico Nacional de Smithsonian. A princípio, os leões se assustaram, mas rapidamente se interessaram, perseguindo e golpeando o veado. O animal conseguiu fugir, mas os ferimentos foram tão graves que ele não sobreviveu.

Embora alguns defensores dos direitos dos animais se sintam felizes com a forma benigna de alimentação dos predadores nos zoológicos, outros podem sentir pena dos tigres e leões que não tem o direito de viver em estado selvagem.

De qualquer forma, os funcionários dos zoológicos salientam que a caça é perigosa para o predador, não só para as presas. Uma lesão em um predador, muitas vezes uma espécie ameaçada de extinção é um risco que os funcionários dos zoológicos não estão dispostos a tomar.

Fonte: hypescience

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